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Desconcentrado - Parte I

Em sua rotina, havia poucos momentos nos quais ele se desconcentrava. Em alguns momentos, sua mente o levava para longe de onde estava, e sua imaginação tomava conta de sua atenção.


Um desses momentos era durante seu treino na academia. Estava acostumado a dividir o ambiente com outras pessoas e permanecer concentrado em sua lista de exercícios e sua música, mas havia duas pessoas naquele espaço que, por algum motivo, o faziam se perder em fantasia.


Uma dessas pessoas era um homem que costumava ver ali duas vezes por semana. Quando o via, sentia uma vontade de olhar novamente. Havia algo naquele corpo, em seu gestual e em sua postura que o fazem sentir fora de controle. Imediatamente imaginava qual seria a sensação de beijá-lo, de sentir o seu gosto e seu cheiro de perto. O imaginava sempre quente e suado depois de treinar, era como se sua pele sentisse o calor e a textura da pele dele tocando a sua. Era sempre um beijo intenso, apressado, um beijo urgente tentando saciar uma vontade diluvial inata do seu corpo.


Quando pensava nisso tudo, começava a sentir seu corpo se excitar. Sentia o seu sangue correndo em suas veias, seu coração batia um pouco mais forte. Ele sempre desviava o olhar e voltava a seu treino, da melhor forma que conseguia.


Na semana passada, ele o viu nu pela primeira vez. No vestiário, na saída do chuveiro. Desde então, sempre quando o via, conseguia agora imaginar com riqueza de detalhes qual seria a sensação de passar a mão naquele homem, de sentir seus pêlos, sua pele, sua carne e sua força. Este pensamento o deixava bastante excitado, e começava a ser um desafio parar de pensar nisso toda vez que o via ali. Há uma força na atração física que é difícil de explicar. Há algo hiponótico na beleza de alguém que nos atrai.


Hoje o encontrou novamente, pela segunda vez essa semana. Ele notou que dessa vez ele se sentiu observado pelo homem algumas vezes. Foram esparsos momentos, mas era uma mudança no olhar e no comportamento. Sua fantasia imediatamente o levou de volta para aquele vestiário, agora vazio exceto pelos dois, e sentiu o toque da mão dele em seu corpo. O homem passava as mãos em suas costas enquanto o beijava e elas deslizavam para o seu quadril. Sentiu os dedos dele agarrando suas nádegas com força e desejo. Era difícil de desfarçar a sua estimulação física ali, em pé, na área dos pesos livres. Fechou o olho e fez força para pensar em outra coisa. Séries, repetições, o que estava fazendo, o que deveria fazer?


Mas de volta estava naquele beijo envolvente e constritor. Sua língua percorria o pescoço dele, e ouvia gemidos graves ao pé do ouvido. Ele continuava a beijar seu corpo, seu peito e mamilo, seu abdômen e sua virilha. Mas então o seu relógio o chamou de volta para o agora, e era hora de fazer mais uma série.


[Continua]

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